sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Senhor, por que o senhor atirou em mim?
Porque você era pobre, negro e morador de favela. Porque você é mais um que não dará em nada. Porque a revolta no Brasil dura pouco, assim como a memória. Porque o tiro foi certeiro acidentalmente. Porque se você morasse bem, fosse branco, não seria alvejado. Não você. Porque todo mundo que nasce na favela é menos. Porque "ver o pobre, preso ou morto já é cultural". Negro é drama. Porque os policiais estavam ali para verificar uma denúncia de "perturbação de sossego", e andar na rua com seu irmão de 12 anos faz muito barulho. Porque todo favelado é ladrão. Porque traz no rosto a face da favela, reconhecida facilmente por qualquer um. (Eu, Jornalista)
Porque se eu fosse pobre, odiaria que uma pessoa segurasse mais forte a bolsa porque eu sentei ao seu lado no ônibus. Porque eu ficaria revoltada se a polícia invadisse minha casa porque moro em bairro suspeito. Porque eu ficaria puta da vida se matassem meu irmão, meu primo, meu vizinho porque ele tem "cara de ladrão" mas não era. Porque eu quebraria ônibus, bancos e monumentos públicos para chamar a atenção. Já quebraram tudo dentro do meu barraco e ninguém filmou. (Eu, favelada)
"Mas eu não sou pobre, sou classe média. Vejo tudo isso de longe, fico triste, mas ah..deixa pra lá. Eu não posso fazer nada mesmo. As coisas são assim e não sou eu que vou mudar." (Eu, no pensamento coletivo)
Porque eu acredito que posso ajudar, porque eu não quero me acomodar com essas injustiças. Porque eu acredito que através de textos, opiniões, palavras, reportagens, bater na mesma tecla todo dia, faz sim barulho. E assim se "perturba o sossego".
Porque eu acredito que talvez quem leia isso e mais qualquer texto que fale sobre quem não sabe ler, pode mudar de opinião e passe a fazer a sua parte quando uma situação cotidiana lhe pedir uma atitude. Porque eu já mudei minha opinião a partir de coisas que li e vi na TV em canais que prestam e a partir dali o meu comportamento foi diferente em diversas situações.
Porque eu acredito que a internet é uma obra maravilhosa, inspirada, e nasceu para conectar e juntar as pessoas com os mesmos ideais fazendo-as colocar suas ideias e planos em ação com uma facilidade e rapidez incrível, impossível antes dela.
Porque talvez, depois de ler isso e qualquer outra coisa que fale sobre violência contra pobres, você saia na rua e caso encontre alguém que precisa de ajuda, seja qual for a maneira, você ajude. Que se existe Deus, não joguemos mais a culpa toda para ele como sempre fazemos, até porque ele precisa de mãos humanas para ajudar outros humanos.
Porque eu penso que quem tem o conhecimento é quem é o responsável pelas transformações do país. É contigo que eles contam já que na escola que estudam, nada do que você aprendeu é ensinado a eles.
Que eu consiga ajudar sempre que precisarem de mim. Que eu tenha a consciência que mudar o mundo é isso, não o planeta em si. Que se toda vez que uma injustiça acontecer, como a do menino Douglas e do pai Amarildo, haja revolta e não acomodação. Saiam mesmo nas ruas! Que a imprensa fique em cima, até que a polícia comece a pensar duas vezes antes de atirar em mais alguém. (Eu, sonhadora)
Porque enquanto eu terminava esse texto, um amigo juntou em uma conversa no Facebook, outros amigos que se identificam pela sintonia, mandou uma música e escreveu o seguinte: " Essa música... a letra. Nós. E mais alguns que virão. Imergi na emoção. Mexeu comigo. E senti algo bom..."
A música: Everything Changes, do Soja. Ou seja: Tudo muda. A quem se interessar, vai ver a tradução.
Menino Douglas e pai Amarildo, o porque dos "senhores atirarem em vocês", a gente sabe. Mas saibam que existem pessoas que estão tentando fazer isso mudar e lutando do lado de vocês. Bons professores, fundadores de Ongs, músicos, jornalistas, políticos (sim, existem), artistas e policiais decentes estão se juntando e propagando suas ideias em busca de menos barbaridades. Demora, mas há de mudar.
Nos ajudem de onde estiverem.
domingo, 27 de outubro de 2013
Envergo Mas Não Quebro - Lenine
Envergo Mas Não Quebro
Lenine
Se por acaso pareço
E agora já não padeço
Um mal pedaço na vida
E agora já não padeço
Um mal pedaço na vida
Saiba que minha alegria
Não é normal todavia
Com a dor é dividida
Não é normal todavia
Com a dor é dividida
Eu sofro igual todo mundo
Eu apenas não me afundo
Em sofrimento infindo
Eu apenas não me afundo
Em sofrimento infindo
Eu posso até ir ao fundo
De um poço de dor profundo
Mas volto depois sorrindo
De um poço de dor profundo
Mas volto depois sorrindo
Em tempos de tempestades
Diversas adversidades
Eu me equilibro e requebro
Diversas adversidades
Eu me equilibro e requebro
É que eu sou tal qual a vara
Bamba de bambú-taquara
Eu envergo mas não quebro
Bamba de bambú-taquara
Eu envergo mas não quebro
Não é só felicidade
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem
Tudo acaba, se inicia
Temporal e calmaria
Noite e dia, vai e vem
Temporal e calmaria
Noite e dia, vai e vem
Quando é má a maré
E quando já não dá pé
Não me revolto ou me queixo
E quando já não dá pé
Não me revolto ou me queixo
E tal qual um barco solto
Salto alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo
Salto alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo
Em noite assim como esta
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro
Os bons momentos da vida
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro
As 50 melhores frases do Twitter em 2013. Eu só curti 9.
@arbustus
O segredo é viver cada um dos seus dias como se você fosse se casar amanhã.
@bethmoreno
Independe de esquerda ou direita. Em matéria de corrupção o Brasil é ambidestro.
@bicmuller
Ironia é igual blush: não sabe, não usa.
@davidbutter
Cuidado com essa coisa de “Hospital Padrão Fifa”. Pelo Padrão Fifa, pobre não entra.
@joaomarcio
Segunda-feira é como sexta-feira, porém numa versão gravada pelo Latino.
@osprimitivos
Enchente nada mais é do que o lixo que você joga nas urnas voltando para dentro da sua própria casa.
@redator
Jornalistas que estão cobrindo ao vivo o enterro de um carro: vocês estão nos explicando bem o porquê de não ser obrigatório ter um diploma.
@rosana
Povo decora faroeste caboclo e não decora que contrário de bem é mal e de bom é mau.
@tiodino
Facebook começou com “Como você está?”, passou para “O que está acontecendo?” e vai terminar com “Já pensou em procurar um psiquiatra?”.
http://www.revistabula.com/1270-50-melhores-frases-twitter-2013/
O segredo é viver cada um dos seus dias como se você fosse se casar amanhã.
@bethmoreno
Independe de esquerda ou direita. Em matéria de corrupção o Brasil é ambidestro.
@bicmuller
Ironia é igual blush: não sabe, não usa.
@davidbutter
Cuidado com essa coisa de “Hospital Padrão Fifa”. Pelo Padrão Fifa, pobre não entra.
@joaomarcio
Segunda-feira é como sexta-feira, porém numa versão gravada pelo Latino.
@osprimitivos
Enchente nada mais é do que o lixo que você joga nas urnas voltando para dentro da sua própria casa.
@redator
Jornalistas que estão cobrindo ao vivo o enterro de um carro: vocês estão nos explicando bem o porquê de não ser obrigatório ter um diploma.
@rosana
Povo decora faroeste caboclo e não decora que contrário de bem é mal e de bom é mau.
@tiodino
Facebook começou com “Como você está?”, passou para “O que está acontecendo?” e vai terminar com “Já pensou em procurar um psiquiatra?”.
http://www.revistabula.com/1270-50-melhores-frases-twitter-2013/
sábado, 26 de outubro de 2013
Um texto feito pelo meu professor Marcão para jornalistas. De alma.
Conversas e distrações: A ditadura das aspas: Sempre algo a declarar Leio dezenas de matérias por semana. Várias delas me fazem lembrar de Fernando Collor de Mello. O senador alagoan...
Quando o sonho da casa própria não satisfaz.
Existem pessoas que tem um sonho: a casa própria. Achar uma profissão digna de um salário legal, uma companhia para dividir os planos, constituir uma família, ter um carro, escola boa para os pequenos. Quem sabe até uma casa de veraneio para passar as férias. Comerciais de margarina que todos conhecemos bem.
Geralmente essa vida será conseguida por quem sonha em fazer parte de grandes empresas, com base sólida no mercado, extremamente concorridas por qualquer recém formado. Oferecem carteira assinada, 8 horas de trabalho, horas extras compensadoras, salário + benefícios, plano de carreira e um futuro estável. Terno e gravata, saia secretária e salto alto, tatuagens só escondidas e cabelos básicos fazem parte do pacote.
No país em que vivemos chamado Brasil, il, il, quem consegue isso é um privilegiado. Na maioria das vezes o que vemos são péssimas chances de emprego e salário, "entramos pela porta do serviço, nossa grana não..." canta MV Bill, numa "poesia do gueto" em forma de música chamada "Só Deus Pode Me Julgar".
Há quem não aguente essas condições e se mande para os países "evoluídos". Lá não será necessário aguentar este tipo de humilhação. Não se paga impostos intermináveis e a relação custo-benefício realmente funciona.
As opções de empregos oferecidas aos estrangeiros são várias: pedreiro, babá, cleaner = faxineira, garçonetes, entregadores, jardineiros, taxistas, gerentes, e etc. O salário é pago em dólar e pago bem! Há quem ganhe mensalmente 7 mil dólares como garçom nos EUA. No mínimo 5 mil dólares sendo cleaner ou babá. Tentador não? Essas vagas geralmente não são preenchidas por cidadãos americanos pois ao receberem de berço uma educação de 1º mundo, merecem cargos melhores a nível desse 1º mundo. Justo! O que sobra é oferecido aos imigrantes (que também merecem uma oportunidade, horas) ou aos moradores do Bronx.
Há casos onde funcionários de empresas multinacionais aqui no Brasil são transferidos para outros países. Sonho realizado ao quadrado!
Para quem sonha com a casa própria, partir é uma ótima opção e não mais tão difícil. Depois da crise econômica que teve seu ápice em 2009, os gringos facilitaram para nós, pobres mortais do 3º mundo, o visto, aquele carimbo que autoriza a entrada no país escolhido. Claro que a facilidade foi pensada visando os turistas ricos que gastam dinheiro pelas Times Square´s da vida...
Portanto, fica a dica à quem só reclama do Brasil: vá até a Polícia Federal mais próxima e de o seu primeiro passo rumo a casa própria! A vida escrita no primeiro parágrafo desse texto, encerra esse.
Em compensação existem aqueles que perdem noites pensando no por que de não se encaixarem nessa rotina tão comum. Não conseguem sentir prazer em trabalhar apenas para ganhar salário. O prazer vem do fato de fazer alguma coisa onde além do dinheiro, a vida de alguém mude através da função exercida.
Professores, artistas, músicos, jornalistas, cientistas sociais e carrinheiros são algumas das profissões onde vidas são transformadas através desses ofícios. Só o amor explica a vontade dessas pessoas de continuarem nesses ramos, principalmente no Brasil.
A casa própria é um sonho, óbvio. Mas perde um pouco da importância quando se vive em meio há um monte de gente que não tem nem onde morar.
A vontade é de mudar o mundo, o clichê mesmo, tendo a compreensão de que ele pode ser do tamanho da quadra onde você mora. Como a senhora que decidiu usar o tempo livre que a idade lhe proporciona para fazer gorros e agasalhos de crochê e lã para os moradores de rua que moram perto da sua casa. O mundo frio que existia numa rua da imensa São Paulo foi mudado. Ninguém mais por ali passa frio em noites que beiram os 9 graus.
Quando se deixa de esperar só dos políticos (não da Política), a coisa começa a andar um pouco mais rápido, e que essa frase seja lida sem hipocrisia.
Se partirmos do princípio que o mundo é grande demais, os problemas tomarão a mesma proporção. E aí a sensação de incapacidade ganha espaço. Nessa hora vale a pena pensar pequeno para fazer coisas grandes.
Quantas tentativas até conseguir fazer o primeiro avião levantar voo? Quanta luta até o fim da escravidão ser lavrado? Mulheres votando e governando... Quantas coisas não existiriam hoje se algumas pessoas la atrás tivessem desistido.
É vital para o tal do mundo melhor, existir pessoas que carreguem a vontade e a força de fazer com que coisas boas aconteçam não só para si, mas para um bem comum. E a profissão escolhida interfere nisso.
E se caso esse desejo habite seu córtex cerebral, tente controlar a vontade de desistir - pois ela vai aparecer inúmeras vezes- seja firme no propósito.
Talvez os sonhos tenham prazo de validade e se não forem realizados a tempo se perdem em meio a vida que vai tomando rumo. Família, filhos, contas, tudo isso ganha forma com o passar dos anos e a vontade de seguir por um rumo diferente fica mais difícil pela responsabilidade que tudo isso traz.
Talvez daqui há algum tempo, tudo o que os sonhadores queiram seja a rotina e o sossego de um escritório, salário fixo e a casa própria para morar. Talvez...
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
Eu sabia que ele falaria sobre isso. Achei um ótimo texto, mas é necessário estar desarmado de qualquer pré - conceito na hora de ler. Os animais também precisam de proteção e pessoas que olhem por eles. Parabéns aos ativistas e que o trabalho continue. Mas gente ainda é gente e de verdade, não existe a mesma comoção quando se trata de pessoas.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Um texto do qual compartilho sem tirar uma vírgula.
"Ritinha simboliza a construção de um discurso que joga nas costas do professor a responsabilidade pelo sucesso ou o fracasso das políticas públicas de educação. " Textão!
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/10/15/detesto-aquele-papo-de-que-e-possivel-educacao-de-qualidade-sem-recursos/?fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/10/15/detesto-aquele-papo-de-que-e-possivel-educacao-de-qualidade-sem-recursos/?fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Me traia com o seu sexo, mas não com a nossa música.
"Aí a gente se apaixona, mostra uma música, recebe outra, cria um repertório de canções que falam sobre nossa história de amor. Lindo, lindo, essa é uma das melhores coisas da vida. Mas aí a relação acaba e, tantas vezes, sobra sofrimento. E aquela vontade de morrer quando, por acaso, o shuffle toca a “nossa música”. (do blog: Don't touch my moleskine).
Acabei de ler esse trecho num post que falava sobre as playlists que fazemos durante a vida. Principalmente nos romances. Eu tenho a minha para cada história que vivi. Verões, invernos, dias alegres e tristes. Músicas do passado, do presente e por que não, futuro. Tenho até músicas guardadas que darei o play no instante do meu momento de glória!
Duas que considero como tal são: Kings and Queens, da 30 Seconds to Mars e Bittersweet Symphony, do The Verve. São muito músicas que você coloca pra tocar quando sei lá, recebe a notícia que o emprego que sonhara é seu, ou ao colocar os pés num lugar que era um sonho conhecer, abre a porta da casa que com muito esforço conseguiu comprar ou simplesmente, realiza um sonho, seja ele qual for.
Às vezes um simples abraço de reencontro merece uma dessas canções de glória. Um cinema com quem se ama, um almoço em família, a estrada acompanhada...
Duas que considero como tal são: Kings and Queens, da 30 Seconds to Mars e Bittersweet Symphony, do The Verve. São muito músicas que você coloca pra tocar quando sei lá, recebe a notícia que o emprego que sonhara é seu, ou ao colocar os pés num lugar que era um sonho conhecer, abre a porta da casa que com muito esforço conseguiu comprar ou simplesmente, realiza um sonho, seja ele qual for.
Às vezes um simples abraço de reencontro merece uma dessas canções de glória. Um cinema com quem se ama, um almoço em família, a estrada acompanhada...
Tem músicas que não consigo mais ouvir, ou porque me trazem tristezas das quais não quero lembrar ou porque ainda fazem parte de uma ferida que não cicatrizou. Ou ainda porque um dia as amei tanto que coloquei como despertador no celular. Nunca, jamais, coloque uma música que ama com a função de despertador.
Confesso que tenho ciúmes das minhas canções preferidas. Só divido com quem amo e confio muito. Portanto, trato as músicas que me mostram com todo o carinho que gostaria que tratassem as que divido. Talvez isso seja uma pequena dor de cotovelo por não ser capaz de criar músicas, muito menos de cantar. Minha voz não permite essa arte. Não sou músico, ou musicista - mas amaria ser.
Quando amamos, geralmente, dividimos momentos a dois embalados na mais bela trilha sonora. Só que se o romance acaba, a trilha sonora muda. Ou por favor, façamos isso! Eu realmente espero que, os ex casais, não usem as mesmas músicas com seus novos amores. Sejam criativos! Não traiam dessa maneira os momentos que aquela trilha sonora lhes proporcionou. Cada um é cada um. Cada momento, único.
Não vale a pena substituir uma música por pessoas, muito menos aquelas que só de tocar, te lembram alguém, a cara que ela fazia ao ouvi-la, o jeito que cantava ou dançava. Estão entalhadas à feição do indivíduo que fez parte dela.
Não creio que exista história de amor sem trilha sonora. Isso serve para todas as histórias que vivemos durante a vida. A história de amor que construímos com os nossos pais, tios, primos, amigos e até lugares ou objetos.
Por isso fico muito brava quando adoro uma música, mas tenho que mudar para a próxima por ainda não estar preparada para ouvi-la novamente.
Meu pai era um grande ouvidor de boa música que não está mais por aqui. Ele que me ensinou o gosto musical que preservo. Como já se passaram treze anos de sua partida, hoje já consigo ouvir todas as canções que aprendi a amar com ele. Só às vezes que o dia tá triste ou muito saudoso, daí não consigo.
Tenho comigo que, na vida que existe após a morte, ele estará me esperando quando chegar a minha vez e a hora que eu o ver, vai tocar uma puta de uma música para embalar o nosso interminável abraço de saudade. E assim será com todos os que já partiram antes de nós. Com a minha querida vó Lucy, talvez toque Ray Conniff. Ela adorava...
Essa é a função da música. E como é importante. Acho um desrespeito algumas coisas que chamam de canção hoje em dia, mas isso não é assunto que caiba nesse texto.
Música é uma arte, uma belezura que talvez tenha sido inspiração de algum Deus maior que habita por aí e quis presentear a Terra. Vamos respeitá-la assim como as lembranças que cada uma nos traz. Música faz parte da "Sétima Arte", compondo o primeiro lugar da lista do tal manifesto.
E para os amores perdidos: "me traia com o seu sexo, mas não com a nossa música." (Musicoteca)
Seu Jorge recita Negro Drama, do Racionais.
Geralmente os rap's são mesmo poesias e esse é hino. Homenagem ao Dia da Consciência Negra, que acontecerá no dia 20 de novembro. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Ele foi o último dos líderes do Quilombo, o maior do período colonial. Vale a pena clicar!
http://www.contioutra.com/seu-jorge-recita-negro-drama-dos-racionais/
http://www.contioutra.com/seu-jorge-recita-negro-drama-dos-racionais/
domingo, 6 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
hahahhahahha quanta bobeira! hahahhahahha morro de rir
http://fighthumor.blogspot.com.br/2013/10/scarlett-johansson-cai-e-vira-meme.htmlhttp://fighthumor.blogspot.com.br/2013/10/scarlett-johansson-cai-e-vira-meme.html
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Canal 3
Semáforo. Eis que o menino vêm. Pára em frente ao carro e se apresenta abaixando a cabeça elegantemente com uma mão à frente outra atrás. Em suas mãos, bolas de tênis. Levanta a blusa até o peito, gira em 360 graus, mostrando a cintura. Uma criança. Não mais que sete anos. Isso dói.
Mais uma de junho. Nova era...?
Minha opinião a quem possa interessar.Estou botando fé que o povo brasileiro está acordando! Não pelos 0,20 centavos que ignorantes pensam que lutamos, mas pelo cansaço do povo em aceitar as coisas calado. Pra mim, isso é só o começo de muitos protestos que estão vindo por aí...pela saúde, educação, corrupção e tantos outros prolemas que podemos mudar apenas levantando da cadeira e dando a cara a tapa. E que nós, classe média, saibamos que está sim na nossa mão começar a mudança. Não há como se esperar de gente pobre, que procura no lixo a sua refeição, força pra se levantar e ir a luta! Não existe mais força pra eles! Nem temos como esperar ideologias de quem mora em palafitas e acorda todo dia agradecendo que a casa nao caiu na maré, nem os seus filhos pequenos! Está conosco a voz que falta pra eles! E daí sim, eles serão vistos!Está conosco, que temos plano de saúde , lutar pela melhoria da saúde pública, nós que estudamos em boas escolas, a informação e vontade de melhorar o ensino público. É sim, vc que tem iphone e computador, é com vc que contamos pra mudar isso aqui! Infelizmente, toda mudança exige bagunça e isso vai acontecer para que possamos colocar a casa em ordem!Faço jornalismo e acredito, pelo que vejo, que a galera que vem aí, não vai mais se deixar manipular pelos grandes núcleos da imprensa. Os novos jornalistas querem apurar e divulgar o que nao se pode nos grandes jornais. Eu acredito e boto fé que a nova era já chegou!
Da época das manifestações. Não sei se fico feliz ou triste relendo isso...
Caralho meu, desculpem os palavrões, mas que merda é essa? Pq as pessoas tão misturando tudo? É Ronaldo, com Jabour, com Datena e Neymar? Impechamnet da Dilma?já pesquisaram sobre quem são os sucessores dela, povo brasileiro?uns querem saúde, outros educação, fim da pobreza, bicicleta ao invés de ônibus, espancam policial acuado, espancam manifestante solitário, jornalista, se é da Globo leva pau, Caco Barcellos que o diga!Tá certo isso?Pelo amor de Deus gente, acorda! Que tudo isso tem haver? FOCO, povo, FOCO!O que todo mundo espera é q todos os problemas do Brasil sejam resolvidos de um dia pro outro? Não é assim e caralho de novo, isso é fácil de saber! Tá todo mundo perdido, ninguém sabe mais pq tá lá...ora, estamos lá pq queremos mudanças!!! se as tarifas baixarem, ótimo, se não, dos motivos de um protesto, esse é o menor. A votação da PEC 37 foi adiada, vcs viram isso? E só aconteceu pq o Brasil tá fervendo e eles sabem disso, foi POR NOSSA CAUSA QUE ELES ADIARAM!Enxergam o poder da união de um povo? Só que adiada não significa resolvida, portanto temos que ficar de olho até que isso seja de vez, arquivado e vá pro lixo que é o seu lugar! Ainda tem corrupto pra dar e vender pra gente protestar e tirar de lá, tem lei querendo ser aprovada que nem deveria se chamar LEI! Tem Calheiros, tem Feliciano, tem uma bancada, é só escolher! Mas agora, ver gente aqui falando que os protestos não vão dar em nada...já deu, estamos na rua, mas é necessário focar nas causas reais! Não existe protesto eterno, mas existe a fiscalização diária que nós, cidadãos, TEMOS QUE FAZER! Eu realmente duvido que depois de tudo isso que está acontecendo, a população vai assistir a tudo tão calado como tem feito nos últimos tempos!Não, não vai, mas isso tudo só vai adiantar se na hora da eleição o SEU voto for consciente!Tem todo um sistema que vai ser derrubado, gente BOTE FÉ! Mas sem dar de loucos, achando que isso vai acontecer amanhã, caso contrário, não vale a pena lutar! Vale sim! Eu deixo claro que vou continuar na luta, MESMO SABENDO QUE ISSO É SÓ O COMEÇO, QUE EU NÃO VOU ACORDAR AMANHÃ NUM PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO, MAS QUE ESTOU PARTICIPANDO DA MUDANÇA QUE ESTÁ MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA!
Escrever é nobre. E este é um dos meus textos preferidos do mestre Ricardo Kotscho
"Ganhe" dois minutos lendo isso. Não achei na internet, passei do livro que li para cá. Já fazem dois anos e nunca esqueci.
"A família Lima mora na favela Cinco de Julho, em São Mateus, a meia hora de carro do centro de São Paulo. É aqui, nesta casa de dois cômodos, escura mesmo de dia, sem água há meses por falta de pagamento, sem gás para o fogão por falta de dinheiro, que terminam todas essas histórias de recessão, desindexação, carta de intenções com o FMI, reaquecimento da economia, balanço de pagamentos, recorde de exportações, inflação, nível de emprego, e tudo o mais que a família Lima pode não entender direito, mas sofre na carne.
Há quatro meses, a família Lima passa fome, literalmente. A mulher, Ana Maria Rocha de Lima, 34 anos, paulistana, está desempregada desde outubro do ano passado. Em dezembro, chegaria a vez do seu marido, José Luis Souza Lima, 38 anos, paulista de Cravinhos, laminador de fibras de vidro.
[...] Se trabalhando já estava difícil, imagina agora", diz Ana Maria.
[...] Como é ter fome, o que você sente quando quer comer e não tem nada em casa? Envergonhada como o pai, Claudilene, 8, fala baixinho: "Eu fico quieta...quando dá fome, eu sinto tontura..."
A mãe ouve e começa a chorar, o pai vira o rosto e fica olhando para o vazio. "Pior é a Claudinéia... Quando chega uma certa hora e ela vê que ninguém vai para o fogão, não vê panela, senta ali naquela cadeira e chora, e chora. Tem vez que eu vou pedir ajuda pros vizinhos. Sempre tem aquele que tem um pouco a mais e reparte. Um dia ou outro já dá pra fazer isso, mas todo dia não dá, porque eu sei que todo mundo tá com a vida dura também."
[...] Qual seria o grande sonho dessa família, o que eles fariam com o dinheiro, se amanhã, por uma bondade do destino e dos tutores da Nação, José Luís e Ana Maria arrumassem um emprego? A pequena Claudilene responde antes dos pais: " A gente comprava bastante comida, né mãe?..."
( A fome tem nome - Folha de São Paulo, 28 de maio 1984)
Quando a matéria saiu, ofereceram a José Luis e Ana Maria não apenas um, mais vários empregos. A casa deles ficou abarrotada de comida e roupas - tanto, que eles dividiram as oferendas com os vizinhos. Algumas dezenas de pessoas e empresas descobriram que havia gente passando fome na cidade - e, embora não conste em nenhum manual de Jornalismo que o repórter tem, entre outras, função de acabar com a fome, sempre é bom poder ajudar alguém com aquilo que a gente escreve. Ricardo Kotscho).
Se um dia, eu escrever perto disso, já valeu a pena a escolha. Para todos os Jornalistas de alma que conheço e estão desanimados com os rumos da Comunicação. Escrever é nobre.
"A família Lima mora na favela Cinco de Julho, em São Mateus, a meia hora de carro do centro de São Paulo. É aqui, nesta casa de dois cômodos, escura mesmo de dia, sem água há meses por falta de pagamento, sem gás para o fogão por falta de dinheiro, que terminam todas essas histórias de recessão, desindexação, carta de intenções com o FMI, reaquecimento da economia, balanço de pagamentos, recorde de exportações, inflação, nível de emprego, e tudo o mais que a família Lima pode não entender direito, mas sofre na carne.
Há quatro meses, a família Lima passa fome, literalmente. A mulher, Ana Maria Rocha de Lima, 34 anos, paulistana, está desempregada desde outubro do ano passado. Em dezembro, chegaria a vez do seu marido, José Luis Souza Lima, 38 anos, paulista de Cravinhos, laminador de fibras de vidro.
[...] Se trabalhando já estava difícil, imagina agora", diz Ana Maria.
[...] Como é ter fome, o que você sente quando quer comer e não tem nada em casa? Envergonhada como o pai, Claudilene, 8, fala baixinho: "Eu fico quieta...quando dá fome, eu sinto tontura..."
A mãe ouve e começa a chorar, o pai vira o rosto e fica olhando para o vazio. "Pior é a Claudinéia... Quando chega uma certa hora e ela vê que ninguém vai para o fogão, não vê panela, senta ali naquela cadeira e chora, e chora. Tem vez que eu vou pedir ajuda pros vizinhos. Sempre tem aquele que tem um pouco a mais e reparte. Um dia ou outro já dá pra fazer isso, mas todo dia não dá, porque eu sei que todo mundo tá com a vida dura também."
[...] Qual seria o grande sonho dessa família, o que eles fariam com o dinheiro, se amanhã, por uma bondade do destino e dos tutores da Nação, José Luís e Ana Maria arrumassem um emprego? A pequena Claudilene responde antes dos pais: " A gente comprava bastante comida, né mãe?..."
( A fome tem nome - Folha de São Paulo, 28 de maio 1984)
Quando a matéria saiu, ofereceram a José Luis e Ana Maria não apenas um, mais vários empregos. A casa deles ficou abarrotada de comida e roupas - tanto, que eles dividiram as oferendas com os vizinhos. Algumas dezenas de pessoas e empresas descobriram que havia gente passando fome na cidade - e, embora não conste em nenhum manual de Jornalismo que o repórter tem, entre outras, função de acabar com a fome, sempre é bom poder ajudar alguém com aquilo que a gente escreve. Ricardo Kotscho).
Se um dia, eu escrever perto disso, já valeu a pena a escolha. Para todos os Jornalistas de alma que conheço e estão desanimados com os rumos da Comunicação. Escrever é nobre.
Amadureci ou apodreci...
"Amadureça mas não apodreça." Li isso hoje. Perde-se a doçura, a alma diminui o brilho, passa-se do ponto. Quando era pequena, ouvia as pessoas dizendo que a vida era difícil. Achava um exagero. Hoje não acho mais. Amadureci ou apodreci...
Ira
A Ira é uma aberração. Um instinto, exagero daquilo que é próprio do ser humano. Defesa, proteção, ataque. Seja contrariado e a sinta chegando, tomando espaço em seu corpo, seu interior, sua mente, suas mãos. O ódio que vem com ela é considerado um obstáculo para o crescimento espiritual... Que se dane a alma nesse momento de dor, raiva, vontade de castigar você! Eu quero mesmo é o descontrole para sair do controle que você exerce sobre mim. A culpa é sua por ser tudo tão cinza, por me fazer ver as cores lindas da ilusão e sentir a dor de sentir a Ira aqui dentro de mim. Ela corrói. Se me é permitido comparar, pense em um ácido. Aquele capaz de corroer as vigas de aço da melhor base que você havia conseguido construir. Por minutos, ela queima. Tem dias que está ausente, mas quando volta, compensa os dias em que se fez silêncio. Esse ataque é contra você, mas quem morre sou eu. Matei-te tantas vezes. E você ainda não morreu, mas vai morrer, ah se vai... Ou não me chamo Ira! Faço parte dos sete pecados. Pe-ca-do, ouviu? Sabe o perigo que ofereço? Eu traço novos caminhos, geralmente são sem volta. Eu sou um monstro. Enferrujo por dentro. Sei fazer silêncio. Apareço quando menos se espera e ai daquele que me dá espaço. Eu gosto é do estrago. Gosto da dor, do arrependimento, da falta de vigilância, do impulso. Eu só ganho espaço. Nasço nas entranhas. Tudo que é profundo vêm com mais força. Eu gosto assim. Mudo as temperaturas. Causo o gelo e o fervor do seu sangue. Eu tenho poder. Meu sobrenome é descontrole, o terceiro, desequilíbrio. Olhe ali e me diga. O que vê? Um lindo dia não? Olhe agora, novamente, eu estou ao seu lado. Gargalhadas saem de mim. Desculpe, não consigo controlar. Dia feio, não? Deixa eu me recompor. Pronto. Quem manda aqui sou eu! Tomei conta de você, percebe como eu é quem escreve agora? Ora, não me venha com racionalidades. O espaço é pequeno por aqui. Por isso, explodo. Para sair tudo que carrego e assim criar espaço para novas desilusões. O engraçado é que as vejo de longe. Sei exatamente para onde te guiar. Não tenho amor, mas sou parente dele. Os bons sentimentos são belas portas que gosto de entrar. Não vigie seu silêncio, suas palavras, seus pensamentos, suas atitudes e elas se abrem ainda mais. Aconteço em um instante. Cuidado com eles. Momentos são perigosos quando se trata de uma vida. Eu ganhei. Mas o jogo não acabou. Ainda resta tempo para nós. Respire.
Vocês os conhecem?
Ricardo Ferreira Gama, 30 anos. Auxiliar de limpeza na Unifesp, em Santos. Não. Não o conheço. Apenas ouvi e li a história do cara que foi assassinado em frente a sua casa na rua Silva Jardim.
Amarildo de Souza, 42 anos. Desaparecido há um mês e um dia, desde que policiais da UPP da Rocinha o levaram para averiguação. E não. Também não o conheço.
Fulano da Silva, Sicrano de Souza, Josés e Marias. Todos desconhecidos e me pergunto: até quando é necessário conhecer alguém para me importar com a situação dela?
Não está no manual do bom caráter, na voz do inconsciente ou até mesmo na Bíblia, amar ao próximo como a ti mesmo? Não, não que isso seja amor, santidade ou coisa parecida, mas se importar com as pessoas além lar faz parte da convivência em sociedade e de quem diz se preocupar com o futuro do mundo.
Não julgar. Pesquisar, apurar, divulgar e, com isso, ajudar, talvez seja esse um novo verbo para o Jornalismo.
Vejamos a crise da imprensa, as demissões, junções de revistas e conteúdos. Jornalistas insatisfeitos, não apenas com salários, mas com o conteúdo que produzem na obrigação do factual. As mesmas fontes, as mesmas notícias, as mesmas pessoas supostamente importantes.
Chegam as redes sociais. SOCIAIS. Dando voz ao povo. O que não daria furo nem reportagem na grande mídia ganha espaço e voz através de compartilhamentos de pessoas comuns que se identificam com a causa e não assistem mais aos jornais por não se verem representadas ali.
O fato sem importância cresce, ganha espaço, protestos, voz e, então, imprensa. A voz do povo vira fonte, a morte do cara desconhecido em situação estranha, página principal, e as autoridades responsáveis são obrigadas a se mexer.
As redes sociais vieram para lembrar aos jornalistas dos seus sonhos no banco da faculdade, da missão assumida com a tal da "imparcialidade", ainda que não exista, e isso serve para que a atenção dada ao magnata seja a mesma oferecida ao vendedor ambulante. Andam mostrando que o povo não é tão burro quanto parece e que se as grandes estruturas não ouvirem o que "vem de baixo", novas, pequenas e fortes estruturas vão se formar e juntas, criarão sim, uma nova maneira de informar.
Vejamos como exemplo a onda de protestos que começou em uma rede social. Será que a voz do povo é mesmo a voz de Deus e ela está começando a falar mais alto e incomodar quem gostava do silêncio? Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha.
Será que os jornais vão acordar para essa nova realidade que se apresenta ou vão continuar demitindo, apenas para manter a mesma forma de produção? Será que vão lutar contra ou se juntar aos NINJAS? Será que esse exército cresce?
Um milhão de pessoas nas ruas do Brasil cantando o Hino Nacional para mostrar a vontade de mudar. E saíram, saímos daqui! A morte de Ricardo teria uma investigação decente se as redes sociais não tivessem "compartilhado" o caso dele? E Amarildo? Pedreiro e pescador nas horas vagas seria agora seu conhecido?
Vocês os conhecem?
Amarildo de Souza, 42 anos. Desaparecido há um mês e um dia, desde que policiais da UPP da Rocinha o levaram para averiguação. E não. Também não o conheço.
Fulano da Silva, Sicrano de Souza, Josés e Marias. Todos desconhecidos e me pergunto: até quando é necessário conhecer alguém para me importar com a situação dela?
Não está no manual do bom caráter, na voz do inconsciente ou até mesmo na Bíblia, amar ao próximo como a ti mesmo? Não, não que isso seja amor, santidade ou coisa parecida, mas se importar com as pessoas além lar faz parte da convivência em sociedade e de quem diz se preocupar com o futuro do mundo.
Não julgar. Pesquisar, apurar, divulgar e, com isso, ajudar, talvez seja esse um novo verbo para o Jornalismo.
Vejamos a crise da imprensa, as demissões, junções de revistas e conteúdos. Jornalistas insatisfeitos, não apenas com salários, mas com o conteúdo que produzem na obrigação do factual. As mesmas fontes, as mesmas notícias, as mesmas pessoas supostamente importantes.
Chegam as redes sociais. SOCIAIS. Dando voz ao povo. O que não daria furo nem reportagem na grande mídia ganha espaço e voz através de compartilhamentos de pessoas comuns que se identificam com a causa e não assistem mais aos jornais por não se verem representadas ali.
O fato sem importância cresce, ganha espaço, protestos, voz e, então, imprensa. A voz do povo vira fonte, a morte do cara desconhecido em situação estranha, página principal, e as autoridades responsáveis são obrigadas a se mexer.
As redes sociais vieram para lembrar aos jornalistas dos seus sonhos no banco da faculdade, da missão assumida com a tal da "imparcialidade", ainda que não exista, e isso serve para que a atenção dada ao magnata seja a mesma oferecida ao vendedor ambulante. Andam mostrando que o povo não é tão burro quanto parece e que se as grandes estruturas não ouvirem o que "vem de baixo", novas, pequenas e fortes estruturas vão se formar e juntas, criarão sim, uma nova maneira de informar.
Vejamos como exemplo a onda de protestos que começou em uma rede social. Será que a voz do povo é mesmo a voz de Deus e ela está começando a falar mais alto e incomodar quem gostava do silêncio? Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha.
Será que os jornais vão acordar para essa nova realidade que se apresenta ou vão continuar demitindo, apenas para manter a mesma forma de produção? Será que vão lutar contra ou se juntar aos NINJAS? Será que esse exército cresce?
Um milhão de pessoas nas ruas do Brasil cantando o Hino Nacional para mostrar a vontade de mudar. E saíram, saímos daqui! A morte de Ricardo teria uma investigação decente se as redes sociais não tivessem "compartilhado" o caso dele? E Amarildo? Pedreiro e pescador nas horas vagas seria agora seu conhecido?
Vocês os conhecem?
A Infância
Leite, fralda, papinha. Quintal, acolchoado,
brincadeiras, brinquedos. Canetinha e o papel é o próprio corpo. O pulso ganha
um relógio desenhado. De manhã, Caverna do Dragão e Família Dinossauro. Bronca:
nããão! A palavra mais dita para mostrar o que não fazer e onde não mexer.
Pirulito de chocolate em forma de bichinhos, passeio no trenzinho da praça da
Biquinha, bóia nos braços, Zé Gotinha e cata-vento para não chorar depois da
vacina. Joelhos ralados. Boneca Feijãozinho e Chuquinha, Barbie patinadora.
Mochila, estojo completo e caderno encapado com papel quadriculado. Lancheira,
bisnaguinha com queijo e presunto embalado em papel alumínio. Suco na
garrafinha. Consigo sentir agora o cheiro do recreio. É um cheiro que só ele
tem. Tazzo e inspetora brigando. - Nem mais um A! B! - Não quero ouvir um piu!
Piu. E se esconde para não apanhar. "Hoje você vai dormir de bunda quente,
sua malcriada!". "Em casa a gente conversa!" Desespero resume
esse momento. "Oi, você quer ser meu amigo?" E assim nasce um
amiguinho que dura o eterno tempo de uma tarde na praia. Beijo na testa, oração
para o papai do céu. Até os anjos ganhavam um “boa noite”.
Um pensamento...
Dó de trainee, terno, terninho, escritório, plano de
carreira, horário fixo, rotina, sistema, e de mim que acho que vou conseguir
ganhar a vida fugindo disso.
As pessoas são a parte mais lucrativa da minha vida.
Sábado. Estávamos aqui em família relembrando os bons momentos do
passado, principalmente aqueles em que na hora que acontecem são terríveis, mas
depois são as histórias mais engraçadas de se contar para alguém.
Lembramos do episódio da discussão dos meus pais no hospital quando decidiam quem iria empurrar a cadeira de rodas enquanto minha irmã sofria as contrações do parto e olhava para a enfermeira com suplicante olhar "por favor, me salve"! Ela entendeu o recado dizendo: "pais, quem leva a cadeira sou eu" Isso fez minha mãe mandar meu pai para "aquele lugar enquanto ele brincava com a filha: "olha, fique calma, igual a sua mãe".
Do barulho que a batata Ruffles fazia no corredor do hospital vazio de madrugada, contradizendo a famosa foto da enfermeira fazendo "shiu" pendurada na parede. Lembramos das viagens para Barra do Una no litoral norte. Naquela época casava-se cedo.
Era uma molecada de 20 e poucos anos, cada casal com dois filhos pelo menos. Juntavam-se numa casa alugada por todos, dividiam as despesas do churrasco e da cerveja (muita cerveja) e até chegar a hora da viagem, ninguém sossegava. Os telefones não paravam. Os carros todos velhos, quinhentas pessoas dentro de cada um e sem #partir, todo mundo partia, mas partia de verdade, sem celular.
A discussão muda para os tempos de hoje, ou moderno. Somos livres. Todos concordam. Nem os pais seguram mais os filhos em casa. Cada um faz, lê, sai em busca do que quer. Aí é que tá. Com tanta "liberdade", a impressão é que perdemos o rumo.
Há tantas opções de escolha que não sabemos mais o que escolher. Sempre achamos que há algo melhor. Às vezes estamos exatamente onde queríamos estar, mas com tantas coisas acontecendo, ninguém mais parece querer parar. Torna-se uma busca eterna, pelo que?
Procuramos um sentido em tudo, mas o que se demora a perceber é que se o que se está vivendo não for real, não haverá sentido nunca. As dúvidas crescem, mas ninguém se questiona mais, como se hoje em dia perguntar fosse pecado.
As conclusões acabam se precipitando e tudo se perde em meio a tantos caminhos. Caminhamos e chegamos a lugar nenhum. Nunca tive a pretensão de conhecer vários lugares e ser uma pessoa viajada. Admiro quem faz isso, mas não é comigo não.
Óbvio, conheceria com prazer novos países, novas culturas, mas voltaria para casa o quanto antes porque para mim pelo menos, a companhia de quem eu amo vale muito mais do que ficar perambulando em lugares cheios de gente, mas vazios.
Coloco-me no texto aqui. A impressão que dá é que meus pais ou os cinquentões de agora, aproveitaram mais a vida. Ou aproveitaram o que realmente faz sentido, sei lá. Não é uma comparação, até porque os tempos mudaram mesmo, é apenas um questionamento.
A simplicidade era valorizada, complicava-se menos. Não que seja errada a ambição dos tempos atuais, mas parece que isso cresceu mais do que devia. Vejo muitos desencontros e alguns deles acontecendo cedo demais. Observo a quantidade de pessoas que continuam casadas da época dos meus pais e a quantidade de casais atuais que se separam poucos anos depois de casar. Novos tempos?
Falta tolerância, valoriza-se o que há de ruim, as diferenças. "A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos que apenas conseguem identificar o que separa e não o que os une."
A liberdade talvez tenha se tornado perigosa nas mãos de quem não sabe onde se segurar.
Lembramos do episódio da discussão dos meus pais no hospital quando decidiam quem iria empurrar a cadeira de rodas enquanto minha irmã sofria as contrações do parto e olhava para a enfermeira com suplicante olhar "por favor, me salve"! Ela entendeu o recado dizendo: "pais, quem leva a cadeira sou eu" Isso fez minha mãe mandar meu pai para "aquele lugar enquanto ele brincava com a filha: "olha, fique calma, igual a sua mãe".
Do barulho que a batata Ruffles fazia no corredor do hospital vazio de madrugada, contradizendo a famosa foto da enfermeira fazendo "shiu" pendurada na parede. Lembramos das viagens para Barra do Una no litoral norte. Naquela época casava-se cedo.
Era uma molecada de 20 e poucos anos, cada casal com dois filhos pelo menos. Juntavam-se numa casa alugada por todos, dividiam as despesas do churrasco e da cerveja (muita cerveja) e até chegar a hora da viagem, ninguém sossegava. Os telefones não paravam. Os carros todos velhos, quinhentas pessoas dentro de cada um e sem #partir, todo mundo partia, mas partia de verdade, sem celular.
A discussão muda para os tempos de hoje, ou moderno. Somos livres. Todos concordam. Nem os pais seguram mais os filhos em casa. Cada um faz, lê, sai em busca do que quer. Aí é que tá. Com tanta "liberdade", a impressão é que perdemos o rumo.
Há tantas opções de escolha que não sabemos mais o que escolher. Sempre achamos que há algo melhor. Às vezes estamos exatamente onde queríamos estar, mas com tantas coisas acontecendo, ninguém mais parece querer parar. Torna-se uma busca eterna, pelo que?
Procuramos um sentido em tudo, mas o que se demora a perceber é que se o que se está vivendo não for real, não haverá sentido nunca. As dúvidas crescem, mas ninguém se questiona mais, como se hoje em dia perguntar fosse pecado.
As conclusões acabam se precipitando e tudo se perde em meio a tantos caminhos. Caminhamos e chegamos a lugar nenhum. Nunca tive a pretensão de conhecer vários lugares e ser uma pessoa viajada. Admiro quem faz isso, mas não é comigo não.
Óbvio, conheceria com prazer novos países, novas culturas, mas voltaria para casa o quanto antes porque para mim pelo menos, a companhia de quem eu amo vale muito mais do que ficar perambulando em lugares cheios de gente, mas vazios.
Coloco-me no texto aqui. A impressão que dá é que meus pais ou os cinquentões de agora, aproveitaram mais a vida. Ou aproveitaram o que realmente faz sentido, sei lá. Não é uma comparação, até porque os tempos mudaram mesmo, é apenas um questionamento.
A simplicidade era valorizada, complicava-se menos. Não que seja errada a ambição dos tempos atuais, mas parece que isso cresceu mais do que devia. Vejo muitos desencontros e alguns deles acontecendo cedo demais. Observo a quantidade de pessoas que continuam casadas da época dos meus pais e a quantidade de casais atuais que se separam poucos anos depois de casar. Novos tempos?
Falta tolerância, valoriza-se o que há de ruim, as diferenças. "A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos que apenas conseguem identificar o que separa e não o que os une."
A liberdade talvez tenha se tornado perigosa nas mãos de quem não sabe onde se segurar.
Devo desistir?
São 7h33, mas estou sem
sono desde às 5h20. Assisto o Bom Dia Brasil. Bom Dia Brasil? O jornal começa
falando sobre policiais presos acusados de receber propina e proteger traficantes. Depois, uma reportagem que mostra o programa
do governo de Nova York para ajudar os dependentes do Crack. Não há outra
solução para eles: ou são presos ou aceitam o tratamento. O índice do sucesso do programa chega a 80%. "Não é fácil, mas é
possível. Há muitos policiais na rua, prisão de traficantes em massa. É preciso
obrigar o viciado a se tratar. Sem isso, não há solução." Diz o
especialista que já esqueci o nome. "O governo precisa trabalhar com as
empresas privadas. Nossas instituições são mantidas por todos pois este é um
trabalho de todos, da sociedade." A lei é muito rígida.O correspondente
termina dizendo: "é só andar aqui pelas ruas de NY para perceber que o programa
deu certo". No Brasil, cenas de dependentes da droga vivendo em bueiros. O
programa do governo lançado em 2011 está longe de alcançar a meta. Um ano e meio
depois do seu lançamento, o governo ainda não mapeou os locais mais
necessitados, menos da metade dos leitos especializados estão ocupados.
Investimento: 4 milhões que serão aplicados até 2014. A adesão dos
estados é voluntaria. O ritmo das adesões é lenta, admite o governo. A boa notícia vem de Alagoas, onde o tratamento é oferecido
gratuitamente com o retorno dos ex viciados ao mercado de trabalho. Na Espanha,
caixa dois! O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy é acusado de lavagem de
dinheiro, mas agora sofre com a pressão para renunciar ao cargo. Corrupção é a
segunda preocupação por lá atualmente. A primeira é o desemprego. Olha só! Não
estamos sozinhos nos problemas. Alivia?... Intervalo. A Tribuna mostra que mais
uma "Ação do Coração" está a caminho. Hipocrisia? Vamos doar corações
de pano aos mendigos da Praça Mauá. No outro dia, vamos passar apressados por
eles na hora do almoço e ai se alguém me pedir dinheiro: Vai trabalhar
vagabundo! Mas ontem lhe dei um coração... Esperança, mas se vira! Realmente,
os tempos estão difíceis para os sonhadores, principalmente para os sonhadores
brasileiros.
Pêssega d'Oro: Real Beleza: anúncios de cueca utilizando homens c...
Pêssega d'Oro: Real Beleza: anúncios de cueca utilizando homens c...: "Você é bonito, não importa o que eles digam..." diz a letra e Beautiful, da Christina Aguilera e com razão. Tia Pê já co...
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