segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pena

Acabei de ver uma pena flutuar no ar por mais de 8 segundos. Estava deitada olhando para a janela e ali fiquei até ela sumir do meu campo de visão. 

Quando se foi, continuei observando a leveza das folhas da árvore da esquina ao se moverem com a brisa da tarde. O sol foi embora, mas está aparecendo, às vezes, entre as brechas de uma nuvem e outra. Já está se aproximando da linha do horizonte demarcada pelo prédio da frente. Daqui a pouco, mais um dia começa no Japão. 

O céu está cinza azulado. As folhas só se mexem mais rápido quando um passarinho pousa nelas ou dá impulso para voar no galho em que elas moram. Eles vão embora. Elas continuam balançando até parar devagar. Esperam pelo vento ou por um novo passarinho para movimentar suas vidas. No mais, são belas somente por existir. 

A pena que vi era de pombo. Deve ter caído do telhado que eles ficam logo em cima da minha janela. Vou considerar como sorte. O domingo segue assim, com cara de domingo. Acho que vou descansar. Quem sabe tenho um sonho bonito em um bom presságio que a pena, ao passar pela janela, veio anunciar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário