segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Dia D, de desânimo.
Tem dias que eu acordo entendendo toda a tristeza que sentia os meus grandes ídolos. Compreendo a morte prematura das pessoas sensíveis demais que não souberam viver nesse mundo pesado na maioria do tempo. Entendo porque Cazuza cantava que via "um museu de grandes novidades", quando leio proposta de cura gay em 2015.
Entendo Renato Russo ao cantar que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque na verdade não há", ao ler a notícia de hoje informando que Steven Rodriguez, o grande pensador de A$AP Rocky, grupo de Hip Hop que eu adoro, foi encontrado morto aos 26 anos. "Ele levava a A$AP muito a sério, mas nunca se levou a sério", lamenta o amigo Andy Capper. Assim como infelizmente faz a maioria dos artistas, ele também o fez: se largou.
Lembro de Chico, "tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu", ao ler que policiais no Quênia lançaram gás lacrimogênio contra crianças nesta segunda-feira. Elas protestavam contra a ordem de um poderoso político que mandou derrubar o playground da escola a fim de construir um estacionamento. Dinheiro.
Entendo Elis, conversando com os marcianos ao ler que "a elite (1% da população mundial) já acumula riqueza equivalente a tudo o que os demais 99% das pessoas detêm": "Alô, alô, marciano, aqui quem fala é da Terra. Pra variar estamos em guerra. Você não imagina a loucura... Ui, gente fina é outra coisa, entende?"
A concentração de riqueza é cada vez MAIOR, o que me pede escrever em caixa alta para ver se ajuda a clarear o sentido deste superlativo. "Uma em cada nove pessoas ainda passa fome no planeta que produz alimento para TRÊS PLANETAS". Isso mesmo, três. E a culpa não é do sistema, é do ser humano que criou o sistema. De nós. A gente continua negando comida. E a gente continua achando que está em evolução. Ok.
A concentração de riqueza é cada vez MAIOR, o que me pede escrever em caixa alta para ver se ajuda a clarear o sentido deste superlativo. "Uma em cada nove pessoas ainda passa fome no planeta que produz alimento para TRÊS PLANETAS". Isso mesmo, três. E a culpa não é do sistema, é do ser humano que criou o sistema. De nós. A gente continua negando comida. E a gente continua achando que está em evolução. Ok.
Dou play em Lenine, cantando Paciência pra ver se ouvindo isso assim, de fone, bem lá dentro do ouvido, fica mais fácil compreender a mensagem. "O mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo e o mundo espera de nós... Um pouco mais de paciência". Mas, na mesma música, Lenine deixa a dúvida:" Será que é tempo que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder?" Eu sinto que não.
O shuffle do celular não me parece estar nem um pouco embaralhado e manda Time, Pink Floyd, em seguida: "Cada ano vai ficando mais curto. Parece não haver tempo para nada. Planos que dão em nada ou meia página de linhas rabiscadas. Esperar em quieto desespero... O tempo se foi, a música terminou. Pensei que eu tivesse algo mais a dizer".
Lembrei dos últimos artigos que li sobre a Geração Y, ou nós, jovens nascidos na década de 80 pra cá. Nunca se fez tanto barulho sem sentido. Nunca se falou tanto sem nada a dizer. Continuam esperando da gente que alguém salve esta geração bundona, que não canta porque sente, canta porque está na moda. Que não vai adiante porque acha que já sabe demais. Porque tivemos pais que nos deram coisas que eles não tiveram e isso nos tornou pessoas incapazes de correr atrás com verdadeira vontade. Uma geração que tem medo de amar. De amar...
São estudos, não os afirmo. Apenas reproduzo a informação. Certezas que não se podem dar. A tristeza está em sentir que minha intuição reponde "sim, está correta". Tristeza em saber que existem pais dando "calmantes" aos seus filhos bebês. "Ah, ele é hiperativo". Não, senhora mãe, ele é criança. O cérebro que está em formação, já recebendo doses da loucura dos adultos... Que geração virá a seguir desta minha tão maluca? Esta que está crescendo com remédios? Esta em que o médico vê na criança sintomas de "depressão"? Diagnostica estripulias como doença?
Daí eu lembro com saudade da época mais feliz da minha vida, a infância. A minha ainda foi sem remédios. Ney confirma: "Porque o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança e o medo era motivo de choro desculpa pra um abraço ou um consolo''.
Bom, li também uma pesquisa mostrando que pessoas que passam menos tempo no Facebook são mais felizes. Deve ser esse o motivo do meu desânimo. Devo estar usando meu tempo livre presa aqui. Que paradoxo, não? Eis que meu amigo Shuffle chama Cazuza de volta, na tentativa de me animar talvez com a mensagem: "Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados. Porque o tempo, o tempo não para".
sábado, 17 de janeiro de 2015
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
“A solidão é o destino de todos os grandes espíritos”, diria Schopenhauer. Também a desilusão, a tristeza, o sofrimento. Muita inteligência e acurada visão de mundo não são, definitivamente, caronas para a felicidade. Certamente o contrário, a ignorância, tem mais facilidade em puxar a carroça." Aquele estímulo para usar a cabeça. :(
sábado, 3 de janeiro de 2015
Time
7 garotinhos montando o time na praia:
- Eu sou o Neymar
- Eu sou o Cristiano Ronaldo
- Eu sou o David Luiz
- Eu sou o Robinho
- Eu sou o Ronaldo
- Eu sou o Fred
Grito coletivo e mãos na boca: "Noooossa o Fred é mó bosta! hahahahaha"
- Eu sou o Neymar
- Eu sou o Cristiano Ronaldo
- Eu sou o David Luiz
- Eu sou o Robinho
- Eu sou o Ronaldo
- Eu sou o Fred
Grito coletivo e mãos na boca: "Noooossa o Fred é mó bosta! hahahahaha"
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